Paulo Carolli e Tainã Caetano, ambos da ThoughtWorks falaram no Agile Brazil 2013, sobre algumas técnicas que utilizam na concepção de projetos. Eles fazem inceptions que duram apenas uma semana e utilizam uma série de técnicas e ferramentas interessantes que talvez possam ser úteis também para seus projetos.
Nesse post gostaria que enfatizar alguns dos pontos da apresentação que mais me chamaram atenção.
Burn up
Para que o inception seja curto, é interessante ter uma agenda visível que possa ser acompanhada no dia-a-dia. Isso ajuda todos a manterem foco no tempo, e concentrarem-se apenas nos assuntos mais importantes, uma vez que, provavelmente, não será possível tratar em detalhe todos os assuntos relevantes ao projeto em apenas uma semana. Por isso, eles criam um burn up chart que cumpre bem esse papel.
Quebra Gelo
Antes de entrar nas discussões sobre o projeto, é interessante fazer uma dinâmica para quebrar o gelo, e ajudar as pessoas a se conhecerem melhor. Os palestrantes sugeriram a dinâmica Zip Zap Zop que é um jogo divertido que ajuda as pessoas a aprenderem os nomes umas das outras.
Veja um exemplo de as pessoas praticando esse jogo:
Veja uma explicação de como o jogo funciona (em inglês)
Construindo uma Visão Colaborativamente
Para que todos os participantes (o time, o PO, o Cliente, etc.) tenham uma visão compartilhada do que se trata o produto que está sendo construindo, é interessante que construam juntos a visão do produto. Eles sugerem que seja feito através de um quadro branco com post-its que podem ser escritos individualmente, depois o Product Owner (PO) pode corrigir e explicar melhor caso algo tenha saído de forma diferente do que a real visão do Produto.
Na visão do produto, basicamente, define-se o que é o produto, quem é o público alvo e quais são os diferenciais do produto.
Metas, Personas e Funcionalidades
Com a visão em mãos e clara para todos, parte-se para a definição de metas (objetivos) e de personas(interessados e envolvidos) do produto.
Depois de definidas as metas e personas, pode-se criar uma espécie de user story map que parte das metas para as funcionalidades e já associando cada uma das funcionalidades as personas interessadas. Veja:
Essas funcionalidades poderão ser posteriormente divididas em estórias de usuário. Veja:
E para compreender a relação entre as funcionalidades, as estórias e a aplicação como um todo, desenha-se o fluxo da aplicação:
Analisando Riscos
Cada uma das estórias passa uma rápida e simples análise de risco, avaliando-se a compreensão funcional e a técnica em relação à estória:
Note que os quadrantes com X ou Linha (‘), representam riscos por falta de clareza/compreensão dos requisitos ou por incertezas tecnológicas.
Slides
Veja os slides completos da apresentação:
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