segunda-feira, 25 de março de 2013

canal online para denúncias de violações de direitos


Você sabia que o Estado de São Paulo dispõe de um canal online para denúncias de violações de direitos humanos?

Por meio de um formulário, você fornece todas as informações sobre o caso, de forma anônima ou não. As denúncias são recebidas e monitoradas pelo Observatório de Direitos Humanos, da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania.

Denuncie: http://bit.ly/YPpsnG.

terça-feira, 19 de março de 2013

Morihei Ueshiba


O progresso virá com a prática constante. Não procure por ensinamentos secretos que não levarão a nada. Confie nas experiências próprias.”

domingo, 17 de março de 2013

EDUCANDO PARA PREVENIR DOENÇAS E PARA A CIDADANIA


O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação em parceria com a UNESCO/UNFPA/UNICEF produziram excelente material didático que está sendo distribuído à rede publica com vistas a apoiar atividades do programa Saúde e Prevenção nas Escolas. O material didático é  dirigido a adolescentes e jovens. 

Trata-se de iniciativa da mais alta relevância para o país na perspectiva de incentivar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a promoção da saude sexual e saúde reprodutiva com vistas à redução da incidência de doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV em particular.

O UNAIDS parabeniza o Governo Brasileiro pela iniciativa,  que sem qualquer dúvida trará reflexos altamente positivos na promoção de uma vida saudável e de respeito à diversidade. 

São seis kits que se encontram disponíveis no link abaixo:

FONTE: UNAIDS

quinta-feira, 7 de março de 2013

Sobre o elogio e o insulto- Jorge Forbes


...Existe, eu diria, um fascínio, uma sedução, uma hipnose no insulto. As pessoas ficam hipnotizadas ao serem insultadas. Ao contrário do elogio, que é sempre questionável, o insulto não deixa dúvida sobre seu alvo. Há uma tendência a dar peso de verdade ao insulto e a desconfiar do elogio.


Fomos ensinados a não tomar para nós os elogios, a justificá-los como conseqüência dos atos de outras pessoas, que nos ajudaram, ou à sorte, ao acaso. A boa educação manda dizer: “Não é bem assim”, “Não é tanto”, “É porque sou seu filho”, “Caiu nas minhas mãos”. Se por um lado desconfia-se do elogio, por outro ninguém põe o insulto sob suspeita. Ele é certeiro... Pobres daqueles que acreditam em insultos e desconfiam de elogios...


(do livro "Você quer o que Deseja?" de Jorge Forbes - este é um excerto do texto "Do Insulto e do Elogio")


quarta-feira, 6 de março de 2013

ENSINEM SEUS FILHOS A FALHAR



O modelo tradicional de família tem sofrido modificações significativas. O modelo do passado era de uma hierarquia em forma de pirâmide, onde os filhos deviam obediência aos pais. Esse modelo tornou-se decadente e foi substituindo por um novo modelo, onde o filho é tão respeitado quanto o pai, e a mulher tem a mesma igualdade e direitos que o homem. Esse novo modelo não é bom nem ruim, ele é apenas diferente. O problema é que esse novo modelo requer uma nova forma de educação. A nova criança não tem medo, é ousada, não teme os pais e quer liberdade para fazer suas próprias escolhas. Ela quer ser “dona do seu nariz”. Com isso os pais perderam a autoridade sobre os filhos. A educação pela autoridade deve ser substituída por um novo modelo rico em sabedoria, onde a criança compreende sua importância no mundo e é preparada para exercer seu papel dentro da sociedade. Essa nova criança surge como espelho à liberdade da mulher. A submissão da mulher, no passado, também foi modelo para crianças que deram continuidade ao patriarcado. Em meio a essa mudança toda, tem jovens que não sabem o que fazer com sua liberdade, porque não foram preparados para enfrentar o grande desafio que é viver e fazer escolha. Se no passado os pais faziam escolhas pelos filhos, hoje são os próprios filhos que fazem suas próprias escolhas. Isso exige um preparo que muitos não têm. Exige que pais preparem seus filhos para fazer estas escolhas. Nesse novo paradigma também é preciso ensinar aos filhos a lidar com a adversidade e com as falhas humanas. Não somos perfeitos, vamos errar inevitavelmente mais cedo ou mais tarde. No entanto, os pais de hoje procuram dar de tudo aos filhos e criam a ilusão de uma vida sem erros. No passado, quando uma criança tirava notas baixas na escola, ela sabia que teria de se justificar diante dos pais. Hoje, quando uma criança vai mal na escola, os pais tratam como se a falha fosse do professor e não da criança. No modelo atual, é o professor que tem que se justificar pelo baixo rendimento do aluno, eximindo a criança do erro. O sonho de uma vida sem erros e repleta de prazer, muitas vezes acaba no consumo de drogas. Uma fuga às dificuldades da vida que nem sempre é tão perfeita quanta a infância. Um passarinho que cresceu em uma gaiola, quando é colocado em liberdade morre, porque ele não aprendeu a voar livremente.

terça-feira, 5 de março de 2013

Maria Cristina Kupfer - Psicanalise e Autismo


Em entrevista Maria Teresa Wassermann, a Dra. Maria Cristina Kupfer, professora titular do Instituto de Psicologia da USP e fundadora da Associação Lugar de Vida - Centro de Educação Terapêutica fala à revista Brasileiros sobre o movimento institucional que se criou em defesa do CRIA e da psicanálise no tratamento do autismo.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Por que há briga e rancor nos casamentos?


Regina Navarro reflete sobre as frustrações e expectativas geradas em relacionamentos amorosos

Regina Navarro

Paulo e Sofia são arquitetos, casados há oito anos, com dois filhos. De uns tempos para cá a convivência está se tornando insuportável. Paulo, na última sessão de terapia, desabafou: “Não está dando mais para aguentar. Brigamos por qualquer motivo. Ontem combinamos de ir ao cinema, mas na última hora apareceu um possível novo cliente no escritório. Tive que ligar para Sofia e desmarcar. Ela devia entender, mas não. Tudo é pretexto para discussões intermináveis. Não devia ter voltado para casa; brigamos até às quatro horas da manhã! O pior é quando é na frente de outras pessoas. No sábado passado, quando estávamos saindo com um casal amigo para almoçar, a briga foi por causa de uma vaga para estacionar o carro. O clima ficou péssimo. As pessoas ficam sem jeito e nunca sei como contornar essa situação. Parece que é impossível vivermos em paz. Isso sem contar o mau-humor e as caras amarradas, que são constantes. Sei que a culpa não é somente dela. Também fico sem paciência e, em alguns momentos, digo coisas agressivas. Na verdade, o que não sei é por que ainda ficamos juntos”. 

Como no mundo ocidental há a ideia de que ninguém é inteiro, faltando um pedaço em cada um, com o casamento as pessoas imaginam que estarão de tal forma preenchidas, que nada mais vai lhes faltar. A ideia de ter enfim encontrado “a pessoa certa”, “a alma gêmea”, “a outra metade”, faz com que a satisfação das necessidades e carências pessoais seja vista como dever do parceiro. Além disso, se estabelece uma relação simbiótica propícia para que ambos projetem, um no outro, seus aspectos que consideram inaceitáveis, vergonhosos, sujos. Em pouco tempo o outro se torna insuportável, porque passa a ser visto como um poço de defeitos — os próprios e os que foram projetados nele pelo parceiro.
O psicoterapeuta José Ângelo Gaiarsa não tem dúvidas quanto ao ódio que pode se desenvolver num casamento. “Já vi casais cuja única finalidade na vida era infernizar e torturar o outro o tempo todo, em cada frase, em cada olhar. O horror dos horrores. Só dois prisioneiros vitalícios obrigados a morar para sempre na mesma cela poderiam desenvolver sentimentos tão terríveis; e só dois que se proibiram de admitir outra pessoa ou qualquer outra atividade na própria vida chegam a esse ponto de miséria moral e de degradação recíproca.”
Se a pessoa só é aceita enquanto corresponde à expectativa do outro, ela fica presa num papel e não pode sair dele. Devido ao descompasso entre o que se esperava da vida a dois e a realidade, as frustrações vão se acumulando e, de forma inconsciente, gerando ódio. Eles se cobram, se criticam e se acusam. Para Virginia Sapir, terapeuta de casais, por causa da sensação de fracasso, o que mais se vê no casamento são sentimentos de desprezo e raiva, de um para o outro, e de cada um por si.
O psicoterapeuta José Angelo Gaiarsa afirma não conhecer rancor pior que o matrimonial. “A maior parte dos casamentos, durante a maior parte do tempo, são de precários a péssimos. A cara das pessoas nessa situação fica de uma feiúra moral que assusta. O clima em torno dos dois é literalmente irrespirável, sobretudo por acreditarem ambos que têm razão.”
Para ele, o rancor matrimonial, acima de tudo amarra, pega você de qualquer jeito, imobiliza, como se você tivesse caído numa teia de aranha. Quanto mais você se mexe, mais se amargura e raiva sente. Raiva — que faz brigar; mágoa — que faz chorar. A mistura das duas é o rancor, um ficar balançando muito e muito tempo entre o homicídio e o suicídio. E cometendo ambos ao mesmo tempo, conclui ele.
Contudo, até chegar a esse ponto, o casal se esforça para manter a fantasia do par amoroso idealizado. Toleram demais um ao outro, fazendo inúmeras concessões, abrindo mão de coisas importantes, acreditando que é necessário ceder. Como nem sempre isso traz satisfação, eles se cobram, se criticam e se acusam. As brigas se sucedem. Dependendo do casal, as acusações podem se renovar ou ser as mesmas, sempre repetidas. Em muitos casos, os parceiros dependem do outro emocionalmente, precisam do parceiro para não se sentirem sozinhos e, principalmente, para que seja o depositário de suas limitações, fracassos, frustrações e também para responsabilizá-lo pela vida insatisfatória que levam.
O longo tempo de convívio pode transformar os dois ou então tornar cada um mais preso a seu próprio jeito e hábitos. Isso para se defender das cobranças, vindas do outro, para que se modifique. A consequência é um deles se tornar mais rígido, impedido de se desenvolver.
Muitos casais ficam juntos, principalmente, por hábito e por dependência. Mas com tanta necessidade do outro não é raro haver um sentimento de ódio por ele, mesmo que inconsciente.

LEIA MAIS TEXTOS DE REGINA NAVARRO

fonte: http://delas.ig.com.br/colunistas/questoesdoamor/por-que-ha-briga-e-rancor-nos-casamentos/c1597364556724.html


Por que há briga e rancor nos casamentos?

domingo, 3 de março de 2013

Entrevista Betty Milan: "A escuta tem uma função pacificadora"


Andreia Santana - A TARDE


Lailson Santos | Divulgação
Betty Milan já está trabalhando em um novo livro




A jornalista, escritora e psicanalista Betty Milan lançou recentemente pela Editora Record o livro A força da palavra, que reúne entrevistas com 32 intelectuais das mais diversas áreas do conhecimento. Via e-mail, a autora falou ao A TARDE do novo livro, do ato de escrever e da importância da escuta no mundo contemporâneo:

A TARDE - Dos gêneros literários que já experimentou como autora, do romance ao teatro, passando por uma obra infantil, em qual se sente mais à vontade para criar e qual o que se configura em seu maior desafio?
Betty Milan - Para mim, o mais facil é o teatro e o mais difícil até agora foi o romance. Penei para escrever O Papagaio e o Doutor e Consolação. Fiquei 5 anos em cada um destes textos... Agora, quanto mais a gente escreve, mais a gente aprende.

Saiba mais


AT - O que significam a escrita e o ato de escrever para você?
BM - A escrita suspende o tempo e me transporta para um outro lugar em que eu fico contente. Significa um encontro comigo mesma, através do qual eu me renovo. Trata-se de um ato vital, no meu caso. Vou abordar o tema no livro que estou escrevendo, A Carta ao Filho.
AT - A força da palavra é um livro de entrevistas, o seu anterior, Quem ama escuta, reunia cartas de leitores e suas respostas como colunista. Existe uma grande necessidade de dar voz ao outro na sua produção recente. Você acredita que as pessoas precisam se escutar mais e também revelar mais de si ao outro? Precisamos aprender mais lições uns com os outros?
BM - Acho que caminhamos para um mundo em que a escuta terá uma importância cada vez maior. Obama foi eleito e reeleito porque sabe escutar. Mereceu o nobel da paz por isso. Como eu digo na introdução ao meu consultório sentimental,  a escuta tem uma função pacificadora e é cada vez mais necessária no mundo globalizado em que vivemos. Queira ou não nós temos que viver com a diferença e, para tanto é preciso escutar. Nunca o diálogo foi tão importante.
AT - Salman Rushdie tem uma citação em um de seus livros - "É a função do poeta: nomear o inominável, apontar as fraudes, tomar partido, despertar discussões, dar forma ao mundo e impedir que adormeça" - é nesse sentido de engajamento que você acredita e defende "a força da palavra"?
BM - Também nesse sentido. A expressão que deu origem ao titulo do meu livro, me ocorreu quando entrevistei Nathalie Sarraute, que entrou na Pleiade em vida, não queria e não precisava dar entrevista alguma, mas acabou dando porque não resistiu à perspectiva de falar, porque a palavra tem uma incrível força, ela arrebata.  Nós nascemos para a palavra. Somos, como dizia Lacan, falesseres. Seres da fala, do falo e prometidos à morte, ao falecimento. 
AT - Na introdução de A força da palavra você fala do ato de escrever como desprestigiado. Isso ocorre apenas no Brasil, onde a fama do brasileiro é a de um povo que não lê, ou tem relação com a cultura global contemporânea, tida como imediatista e centrada na imagem e no prazer instantâneo?
BM - A cultura brasileira é predominantemente musical. Nada a ver com a cultura francesa, por exemplo, que é uma cultura literária. Por isso, grande parte dos escritores brasileiros trabalha também para a imprensa.  Hoje, poucos  vivem do livro e para o livro . Só quem escreve auto-ajuda ou bestseller. Nada a ver com a literatura, claro. 
AT - Das entrevistas em A força da palavra existe uma preferida, um entrevistado que tenha te cativado?
BM - Gostei muito de entrevistar Michel Serres, que falou da importância da educação e da viagem, como recurso educativo. A entrevista com Octavio Paz sobre A Dupla Chama, o livro sobre o amor que ele escreveu com mais de 80 anos, foi fundamental. Tornou-se uma referência do meu consultório sentimental pela idéia de que o amor é uma aposta na liberdade. 
AT - A entrevista com Derrida, em que além das perguntas e respostas, você publica também a narração da atmosfera anterior a cada resposta do filósofo, as hesitações dele, foi um dos seus maiores desafios como entrevistadora? O que ficou dessa experiência para a Betty Milan jornalista, mas principalmente qual o aprendizado que ficou para a escritora e a pensadora?
BM - A entrevista com Derrida é a expressão da situação contraditória em que o escritor se encontra hoje. O que ele quer quando escreve é ser lido. Mas é obrigado a falar sobre o livro porque só assim o livro passa a existir.
AT - Sua entrevista com o Bei Dao se parece com uma partida de tênis ou um duelo de esgrima. Esse foi um entrevistado que você precisou conquistar ao longo da conversa?
BM - Não há um único entrevistado que eu não tenha precisado conquistar porque esta é a condição sine qua non de uma boa entrevista literária, ou seja, daquela que surpreende o entrevistador e o entrevistado.
AT - Quais foram as personalidades mais difíceis de entrevistar: os poetas, os romancistas ou os psicanalistas, até por conta da sua própria experiência com a psicanálise?
BM - O mais difícil foi o filósofo da desconstrução, Derrida, e por isso a entrevista é particularmente interessante e teve um grande destaque na imprensa. Levei meses para conseguir a entrevista e um bom tempo para escrever.

Ficha do livro

A força da palavra – De Octavio Paz a Derrida: grandes entrevistas
Autora: Betty Milan
Editora: Record (www.record.com.br)
404 páginas
R$ 54,90

Entrevista Betty Milan: "A escuta tem uma função pacificadora"

sábado, 2 de março de 2013

Distorções Cotidianas

.... Há, na minha percepção, uma série de distorções muito graves. Celebra-se a acumulação quando, na realidade, o que deveria ser celebrado é a partilha, o compartilhamento. Não estou fazendo apologia à pobreza, estou dando uma indicação de que você não pode confundir suas necessidades com seus desejos. Necessidades têm limites, desejos são ilimitados.

Fonte : A renovação sem ruptura —entrevista com a Profa. Lia Diskin à revista Cidade Nova

sexta-feira, 1 de março de 2013

Ubuntu


... sou o que sou por aquilo que todos somos. Esse é o significado de Ubuntu. É o reconhecimento de que o humano que há em mim é como o humano que há em você. O reconhecimento de que o nosso humano nos torna absolutamente iguais, enquanto direitos e enquanto aspirações.